terça-feira, 23 de agosto de 2016

Vai ter roda na praça



 

O Grupo de Capoeira Angola Mocambo de Aruanda realizará, especialmente, no dia 25/08, a partir das 19:30, sua primeira roda na rua. O local será na Praça Barão de Drumond (antiga Praça Sete), em Vila Isabel, próximo ao Centro de Cultura Social (CCS-RJ), onde o grupo treina.

Um dos objetivos desta roda é divulgar as atividades que ocorrem no CCS-RJ (capoeira, pré-vestibular comunitário, educação ambiental, bazar comunitário, rede ecológica, biblioteca) além de ser uma das ações para resistir e apoiar a permanência do espaço em que essas atividades ocorrem.

Atualmente, o CCS-RJ está sob a iminência de perder o espaço e, consequentemente, todas essas atividades correm o risco de não terem outro local para manterem seus trabalhos.

Portanto, o Mocambo de Aruanda convida a todos e todas (capoeiristas ou não) para somarem nesta roda em apoio aos coletivos culturais e sociais.

Esperamos vocês lá! Axé!

domingo, 29 de maio de 2016

Mocambo de Aruanda realiza treino no Ceca



Uma escola de qualidade para todos. Essa é uma das pautas que a atual ocupação escolar é reivindicada por alunos e professores, em mais de 60 escolas públicas do Rio de Janeiro. Em apoio a este movimento, o Grupo de Capoeira Angola Mocambo de Aruanda transferiu, especialmente, o treino do dia 19/05, para o Colégio Estadual Chico Anysio (Ceca), em Andaraí.
A proposta do treino, realizado na escola ocupada, possibilitou aos alunos do Mocambo conhecerem e compreenderem este movimento de ocupação. Aos alunos do Ceca, foi uma oportunidade de conhecerem um pouco sobre a capoeira angola e de participarem da aula ao lado da mestra Cristina.
Essas são algumas das ideias alinhadas, em que alunos das escolas da rede pública buscam uma melhoria e atualização em seu modelo de ensino, assim como os grupos de capoeira angola não são mais só um grupo de capoeira. Todos nós, juntos, estamos atentos às questões sociais do dia-a-dia.




quarta-feira, 11 de maio de 2016

Unilab agradece à mestra Cristina pela sua participação no evento sobre mulheres e as culturas africanas e afro-brasileiras


Recebemos, recentemente, o retorno da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Ceará, sobre a repercussão da presença da mestra Cristina na jornada Mulheres e Culturas Africanas e Afro-Brasileiras, realizada nos dias 18 e 19 de março. Em agradecimento à Universidade, reproduzimos abaixo o texto nos enviado.

“A visita da mestra Cristina à Unilab em parceria com a Associação Zumbi Capoeira, em nome da mestra Carla, foi superimportante para ampliar o debate de gênero no universo da capoeira no Ceará, mas, também, em outros setores sociais.

Mestra Cristina trouxe para os alunos da Unilab e comunidade de capoeiristas, tanto de Fortaleza e região metropolitana como do Maciço de Baturité, sua experiência como mulher na capoeira, efetivamente, na construção do seu próprio empoderamento, a partir da cooperação entre as mulheres, como no caso do movimento das Angoleiras do Rio.

O evento começou na Universidade, em Redenção/CE, com a integração entre capoeiristas e alunos, contando experiências de cooperação contra o machismo e encerrou (o primeiro dia) com uma linda roda cheia de vida.



No dia seguinte, o evento continuou com fortes emoções, na Associação Zumbi Capoeira, em Fortaleza/CE. Depois da oficina, na presença do mestre Armandinho e mestre Lula, mestra Cristina conduziu a roda brilhantemente, encantando os convidados.



Axé Mestra!! Fica com nosso carinho como retribuição de tanta aprendizagem.”

Este é o relato de Larissa Gabarra, ex-aluna da mestra Cristina, professora do Instituto de Humanidades e Letras da Unilab e Doutora em História Cultural pela PUC-RJ.



Sobre a jornada


A jornada “Mulheres e Culturas Africanas e Afro-Brasileiras” é um evento organizado no contexto do mês em alusão ao Dia Internacional da Mulher. Esta data foi criada por diversas mobilizações internacionais de mulheres por melhores condições de trabalho nos finais do século XIX e início do XX.

Segundo a organização da jornada, “o debate sobre ´As mulheres e as (re)invenções das tradições de matrizes africanas´ traduz a possibilidade do diálogo entre o saber acadêmico e o notório saber das tradições africanas e afro-brasileiras”.

“No contexto da Unilab, urge criar a interface entre as lutas e identidades de gêneros e as questões étnico-raciais. Assim, propomos um diálogo entre a comunidade acadêmica e da região do Maciço de Baturité com a Mestra Cristina Santos, professora, pedagoga da rede municipal infantil de Niterói e capoeirista Angola, desde 1993”, destaca a professora Violeta Holanda, que também é coordenadora do NPGS.

Mais uma vez agradecemos à Unilab, à Larissa, aos mestres e todos aqueles que colaboraram para a realização deste evento. Axé!

Fonte: Assecom-Unilab

quinta-feira, 24 de março de 2016

Novo dia de roda mensal do Mocambo



Atenção a todos os amigos e amigas!
A partir de abril nossa roda mensal será toda última quinta-feira do mês, às 19:30. Em ritmo de reorganização, não realizaremos a roda em março. A todos que conhecem ou que ainda pretendem conhecer o Grupo de Capoeira Angola Mocambo de Aruanda, nosso espaço fica na Rua Torres Homem, 790, Vila Isabel.
Esperamos vocês lá, dia 28 de abril para a primeira roda do ano com muito axé! Até lá!

sábado, 12 de março de 2016

Roda de Reflexão ao Dia Internacional da Mulher

“A luta é árdua, mas as conquistas são muitas”, essas palavras, ditas pela mestra Cristina, do grupo de Capoeira Angola Mocambo de Aruanda, resumem o que foi o evento Roda de Reflexão ao Dia da Mulher, ocorrido no dia 8 de março, no Centro de Cultura Social (CCS-RJ), em Vila Isabel.

O espaço de treino do grupo Mocambo foi cedido para reunir capoeiristas (mulheres e homens) e outros visitantes, que tivessem interesse em não só participar da roda de capoeira, como também discutir o tema que envolve questões sobre a luta da mulher dentro e fora das rodas, seja no trabalho, nas ruas, em casa, ou em qualquer lugar.



Após a roda, teve início o momento de reflexão sobre o significado do dia 8 de março. “A data, para alguns celebração, para outros não celebração, independente do que cada um pensa o que deve ser a data, o fato de ela existir, das pessoas estarem falando, estarem se colocando, estarem colocando seu pensamento pra fora, isso já é muito grandioso, porque isso nos dá uma oportunidade de realmente parar e pensar, de refletir”, disse Camila Aquino, treinel do Grupo de Capoeira Angolinha (GCANG).

Tereza Silva, uma das mulheres pioneiras da capoeira angola no Rio de Janeiro e, também, do GCANG, acrescentou. “A data ainda é muito importante para marcar a diferença que existe e como é que a sociedade ainda reage, de que precisa do dia inclusive para lembrar e até pra dizer que não é importante esta data.” E complementou, “A sociedade vai ter que evoluir muito para que essa data não seja importante. O dia que chegar essa ‘data não é importante’, agora tá bom, agora tá melhor,” disse.


Conforme as palavras da mestra Cristina, “muitas coisas não teriam acontecido sem a força e a resiliência da mulher negra, nem a própria revolução feminista. Se a gente pensar de uma maneira mais aprofundada sobre isso, é lembrar especificamente que sim, que é bom frisar, que é bom marcar bem essa diferença, que não somos nós que marcamos. A sociedade que nos marca a partir do momento que a gente nasce. Não dá pra fingir que é tudo igual, pelo menos pra gente (mulheres) não."

Ela ressalta que “não é para criar gueto, não é para fazer movimento separatista, não é para fazer nada disso. É para simplesmente deixar aflorar, vir à tona uma coisa que a gente vive no dia-a-dia, no cotidiano. As pessoas conseguirem perceber isso e somar com a gente. Também não é uma questão de revanchismo, nada disso,” concluiu.

Foi uma noite de reflexão que não deve ficar restrita a uma data, mas durante o dia-a-dia, em que a igualdade entre homens e mulheres não fique somente no papel ou no discurso, mas que seja realmente colocada em prática.